segunda-feira, 25 de outubro de 2010

SINOPSE DA VIDA DE LUIS LINDENBERG

SINOPSE DA VIDA DE LUDWIC(LUIS) LINDENBERG
Patrono da Escola Luis Lindenberg

Ludwig Lindenberg, nono filho do matrimônio de Johann Gaspar Lindenberg e Anna Maria Binder, nasceu em 07/11/1790 em Lubeck, Alemanaha, tendo perdido sua mãe com 9 dias. Dês seus oito filhos de pai e mãe, somente um Johann Bernhard Wilhelm, teve descendentes.
Ludwig estudou em Lubeck até 1809, quando passou a praticar lavoura em Grabow, no ducado de Marklenburg em 1810 ingressou no Instituto Agronômico do Professor Thaer, em Moeglin, fundado em 1806.
Em março de 1813, após a derrota de Napoleão em Moskou, os franceses se retiraram da região para prevenir eventuais incursões, formou-se a Legislação Hanseatica, , à qual Ludwig se filiou chegando ao posto de tenente ( com a farda dessa Legião fez pintar seu retrato, é o único que dele se conhece).
Pelo endereço de diversas cartas suas ele terá saído do Instituto em fins de 1811 e já em princípios de 1812 empregava-se em fazenda em Augustenburg, no Schleswing, mas pouco tempo depois resolveu comprar, com recursos da herança de sua mãe, uma fazenda com 107v há (44 Alqueires) em Reinfeld, perto de Luberck.
As notícias sobre sobre o Novo Mundo e sobre o Brasil, cujos portos haviam sido abertos por Dr João VI em 1808 terão influenciado o espírito jovem e irrequieto de Ludwing, para ver de perto essas novas plagas.
Em meados de 1818, embarcou para o Brasil, desembarcando em 27/11/1811 no Rio de Janeiro, recebendo seu passaporte, o “ Visto” da Polícia Marítima.
Viajou por diversas regiões, inclusive o estado de São Paulo e Rio de Janeiro, chegando em fins de 1823 a Cabo Frio. Impressionado com alto grau de salinidade das águas da Lagoa de Araruama, as condições climáticas e a formação natural de sal nas margens da Lagoa, resolveu aí se instalar, tendo requerido a Coroa, que lhe fosse cedido meia légua em quadra, de terras devolutas com frente para Lagoa, para montar um estabelecimento para fabricação de sal.
Dom Pedro I, avaliando o valor do estabelecimento da industria do sal no país, concedeu o solicitado, pela portaria, transcritas a folha 61 verso do livro 1 de registros e avisos e PORTARIAS EXPEDITAS. para a província do Rio de Janeiro, em maio de 1824.
A precaução de Luis Lindenberg procedia, pois sendo o sal um artigo de importação, seu concessionários “ os contratadores” não concordavam com O SAL NACIONAL e agiam contra os que faziam sua coleta ou comerciavam.
Obtida a concessão iniciou imediatamente a instalação de suas salinas, e para ter renda emediata, começou produzindo sal pela evaporação a fogo em grande caldeirões de ferro, da água salgada já adensada ao sol até 11 graus. Após observações, chegou a conclusão que as águas em tanques sucessivos e no último dar -se-ia a cristalização.
O estabelecimento do fundo e lados desses tanques foi o grande problema com que lutou durante anos.
Em 18 de março de 1836 Luis Lindenberg foi convidado pela Câmara Municipal de Cabo Frio a apresentar seu título de propriedade e informações a respeito da indústria do sal, salinas existentes, seus proprietários, localizações e características, produção até então, processos de construção das salinas e vantagens que apresentavam.
A ela compareceu em 24 do mês, quando apresentou a portaria de 22 de maio de 1824 da Secretaria de estado dos Negócios do Império, quando aos quesitos de informações, prontificava-se a enviar alguns dias mais tarde, por escrito.
Em 30 de março enviou-as, minuciosas, manuscritas em 13 laudas, acompanhadas de carta.
Dessas informações verifica-se e conhecimento completo que trinta do assunto, as experiências múltiplas que fizera e os continuados trabalhos com despesas pesadas que vinha realizando desde 1824, procurando um processo prático e econômico de construção de salinas, ao que entretanto não tinha ainda chegado satisfatoriamente, continuando as pesquisas e experiências.
Salina inteiramente artificial só a dele, no saco entre as Pontas do Costa e de Perina, lugar que escolheu, por ser o que mais apropriado lhe parecia, batizado-a de Salinas Perinas.
O sal, nas salinas naturais era colhido pelos moradores locais, e nos últimos tempos a distribuição era assim feita: as salinas logo que começavam a coalhar (cristalizar) eram guardadas por sentinelas da Câmara, ou não o eram neste caso, cada um tirava o que queria, no primeiro caso, logo que formado o sal, a quantidade era estimulada por um avaliador da Câmara, que estabelecia a quota que caberia a cada um dos que comparecessem ao roteio, da localidade ou fora, fazendo um funcionário a entregar, se os participantes fossem poucos, a divisão era feita por áreas, na própria salina e cada um colhia sua parte.
Entretanto esse processo foi decaindo, a Câmara não designava mais sentinelas, passando cada um a colher o sal em sua propriedade. A última distribuição foi em 1824.
A formação do sal, dependendo das condições atmosféricas e do sol, era muito irregular, e desde sua chegada só havia se formado, nos Verões de 1824, 1828, 1833.
Luis Lindenberg sentia que precisava conseguir a cristalização ao sol, usando o fogo só extra ordinariamente.
Com base as observações que via fazendo período de cristalização, etc, imaginou a concentração por etapa, chegando a conclusão de que nas quadras de cristalização as espessura da água não podiam ser superior a meia polegada.
Fez então quadras rasas para cristalização, com 30 palmos em quadro com diferença de nível de uma para outra, passando as águas portinhola; o fundo, revestindo com tabatinga a mais liguenta que encontrou. Com esse sistema conseguiu a concentração da água em 7 dias e outros 7 para a cristalização, colhendo assim o sol diretamente das salinas. No inverno quando a cristalização era lenta terminava a cristalização ao fogo.
Com esse sistema, vinha produzindo nos últimos tempos, (1831 – 35) nove a dez mil alqueires (138,000 lts) por ano, pela evaporação ao sol e 7 na 8 mil (110,000 mil litros) ao fogo.
Perinas, também chamada “ SALINAS GRANDES” , era a maior produtora de sal da região.
Entretanto Luis Lindenberg não se mostrava satisfeito com o alcançado, apontado em relatórios os defeitos e os inconvenientes.
Depois de 1836, quando forneceu as informações à Câmara de Cabo Frio, continuou ele aperfeiçoando sua industria, até que a morte o colheu prematuramente em 10/08/1950, em consequência de operação, quando ainda estava em pleno vapor e atividade.
Em todo esse período 1824 a 1850, não houve outros salineiros que trabalhassem em pesquisa para resolver a industrialização da produção do sol; adotavam sim, aquelas providencias que tinham provado satisfatoriamente.
Morria deixando as grandes SALINAS PERINAS instaladas em moldes básicos resultantes de pesquisas continuadas durante 26 anos e ainda hoje dotado. Foi ele o indubitavelmente IDEALIZADOR E CRIADOR DA INDUSTRIA SALINEIRA DE CABO FRIO.
Luis Lindenberg sempre trabalhou no seu estabelecimento, não só na industria salineira, más também agrónomo, uma criação e na agricultura, enviando a produção mercado de Cabo Frio.
As experiências de Luis Lindenberg e seu estabelecimento, tornavam-se conhecido e afamado; deste 1826, apesar das dificuldades do Rio a Cabo Frio, que por terra demorava de 3 ou mais dias, começou a ser visitado por pessoas de projeção na corte, até que em 1847; D. Pedro II foi a Perinas com comitiva. Lindenberg preparou-lhe um grande almoço à sombra do coqueiral; entretanto, atrasos da viagem e o desejo de observar as instalações, impediram o Imperador de consumar o almoço, aproveitando apenas algumas guloseimas.
Algum tempo depois dessa visita, foi feita a marcação da área doada a Luis Lindenberg pela portaria 24 o engenheiro demarcador verificando a existência e numerosas lagoas que reduziam a área aproveitável da meia légua em quadra inclui na medição e a demarcação; mais 100 (cem) braças de frente foi atestada a Lagoa de Araruama , incluindo ainda as PONTA DO COSTA E DOS MACACOS OU PERINAS.
Luis Lindenberg casou-se em 1828, com Rosa Maria Leal; natural do Porto do Carro; moraram em Perinas ondo Luis já havia construído uma boa casa, na qual transformou um cómodo em Capela Isolada, amplas dedicada a Santa Rosa.
Estas edificações ainda existia do princípio do século e algumas ainda lá estão até hoje; A Capela foi demorada e reconstruída em 1930.
Rosa, tendo se casado ao 17 anos, foi digna esposa do batalhador pois ela administradora enérgica de sua energia e determinação, que de bom grado não admitia desobediências, sintam se muitos casos.
Conquanto fosse enérgica, já mais se viu falar de qualquer maldade que tivesse praticado com os escravos.
Em meado de 1850, Luis Lindenberg precisou submeter-se a pequena operação; previdente resolveu fazer testamento o que concretizou em 15/06/1850; esse documento precioso por conter a sua assinatura, foi encontrados com outros papeis antigos guardados e seu filho ADOLPLO LINDENBERG e após a sua morte; colocado em dois caixotes e deixados no sodo da residência da Ponta do Costa e encontrados quando a demolição desta.
No testamento, Luis declara:” Instituo por herdeiros do remanescente de minha terça parte um terço a minha mulher e dois terços a meus filhos nossa filha que existem vivas ao tempo da minha morte, em parte iguais, por qual assim é minha vontade. A propriedade da Salinas e sua terras e tudo que lhe pertença fica propriedade comum de todos os herdeiros e nenhum poderá vende hipotecar e nem alienar a sua parte”.
Infelizmente este testamento não foi observado e o grande patrimônio, que ele constituiu com tanto trabalho e amor e desejava que fosse conservado como um todo, era alienado 13 anos após sua morte e pouco mais tarde desmembrado mais tarde.
Sua propriedade abrangia então as Salinas hoje denominada PERINA, PONTA DO COSTA, VIVEIRO, BAÇO E SALVADOR.
Em consequência da operação Luis Lindenberg falecia no Rio de Janeiro a 10/08/1850, sendo sepultado no CEMITÉRIO DOS INGLESES; à Rua da Gamboa, terreno, número 657 da quadra 8, situada na alameda de entrada ao alto; à direita perto da CAPELA.
Assim terminou a existência desse homem empreendedor que deixando o seu país natal, veio para estas benditas terras brasileira. E a ela se afeiçoou de tal forma, apesar de muito de que trabalhar, nunca mais dela se afastou, em quanto se mantivesse constante correspondência com a família no além mar e ter sido visitado por dois irmãos, Eduardo e Guilherme; que certamente teria da melhor vida na Alemanha; contraste com a rusticidade nacional. Más, Luis não era mais Ludwig; era brasileiro. Em Cabo Frio tinha tudo que era seu: Mulher, filhos e propriedades.
REFINARIA NACIONAL DE SAL , expondo-se o problema , que só comportavam uma decisão terminara a escola ou ampliar as instalações existente.
O descrédito desaparecia, surgindo então a solidariedade e confiança na INSTITUIÇÃO.
A primeira escolinha transformava-se então na atual escola” LUIS LINDENBERG” cujo o prédio foi entregue pela REFINARIA NACIONAL DE SAL S/A., ao GRÊMIO RECREATIVO 1 DE MAIO em 29 de Julho de 1972, às 9 horas em REUNIÃO PÚBLICA, paraninfada pelo Contra-Almirante Fernando Ernesto Carneiro Ribeiro.
Seguindo o roteiro traçado continuava há ESCOLA LUIS LINDENBERG, prestar serviços a comunidade no campo da EDUCAÇÃO E CULTURA, apresentando elevado padrão de Ensino, sendo deste o inicio mantida exclusivamente pela REFINARIA NACIONAL DE SAL S/A, através do GRÊMIO RECREATIVO E CULTURA 1 DE MAIO.
O Grêmio não paliava e novas idéias foram surgindo.
Conseguiu-se então instalar na ESCOLA UM PALCO PARA USO DOS ALUNOS PARA SUA FESTIVIDADES. Ampliou-se a Biblioteca a qual “Ernesto Da Costa Macedo”.
Em 25 de Julho de 1982, inauguramos o PARQUE DE RECREAÇÃO” ROGÉRIO JORGE” e o Laboratório que recebeu o nome de “ Dr José Caetano Alves”.
No mesmo lema de “ BEM SERVIR”, o GRÊMIO RECREATIVO E CULTURAL 1 DE MAIO, além das atividades no campo da educação, auxilia o empregado, na compra de remédios, óculos, etc.
Com seus 15 anos o GRÊMIO já se senti adulto porem sem permitir que esmoreça o seu ideal. Sente-se fortalecimento pela solidariedade e confiança alcançadas e com força bastante para prosseguir sua tarefa de servir a COMUNIDADE PONTA DO COSTA; aprimorando o homem e enaltecendo-o, dando lhe condições de sobreviver e entender porque de nossa existência.


25/07/83

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